Neuroarquitetura e seus benefícios: entenda o que é e como pode estimular o bem-estar em casa
Você já ouviu falar do termo neuroarquitetura? Para quem ainda não está familiarizado, ele se refere ao estudo da neurociência aplicada à arquitetura, ou seja, como o ambiente físico pode impactar em nosso cérebro. Ao ser aplicada no dia a dia, a neuroarquitetura ajuda a melhorar a qualidade de vida, por isso, é altamente recomendada para ser aplicada em imóveis residenciais.
A neurociência aplicada em espaços construídos com o objetivo de deixar o ambiente estimulante para o bem-estar, além de contribuir para a saúde física e mental. A neuroarquitetura está começando a ganhar espaço no Brasil, porém, ainda é muito voltado para projetos corporativos que desejam estimular a produtividade dos funcionários, melhorar a concentração e o foco.
Aplicada em projetos de residências, essa técnica ajuda a criar ambientes mais relaxantes e confortáveis, duas características essenciais para um lar. Nesse contexto, em uma escala menor que os projetos para construção, essa ciência ainda pode ser aplicada à mobília, ajudando a gerar experiências mais agradáveis em casa, além de estimular emoções saudáveis e só trazer benefícios para os moradores.
Quer saber mais sobre o assunto e como aplicar a neuroarquitetura dentro da sua casa? Então continue por aqui, pois a Nova Época Imóveis elaborou esse post para explicar tudo o que você precisa saber sobre essa técnica e seus benefícios! Não deixe de nos acompanhar aqui no blog e em nossas redes sociais para conhecer mais sobre o mercado imobiliário e nossos imóveis!
Afinal, o que de fato é a neuroarquitetura?
A neuroarquitetura une duas ciências: a neurociência e a arquitetura, com o objetivo de projetar espaços que ajudem a promover a saúde e o bem-estar físico e mental de quem os frequenta. Os espaços arquitetônicos são como uma espécie de âncora para a memória, por exemplo, somos capazes de encontrar nosso lugar na sala por meio da nossa percepção sensorial. Nesse contexto, o cérebro usa superfícies e sistemas espaciais para armazenar e organizar tudo o que vimos durante nossa vida.
Logo, a neuroarquitetura liga a neurociência, a teoria da percepção e a psicologia de Gestalt à arquitetura, gerando uma abordagem abrangente que se concentra principalmente nas leis da formação de estruturas e no movimento do indivíduo no espaço arquitetônico. Isso porque certos aspectos dos ambientes fazem o cérebro desenvolver certas sensações e emoções. A neurociência oferecerá pistas importantes para que os arquitetos possam criar e distribuir espaços que ajudem a estimular esses resultados.
Como passamos 90% do nosso tempo de vida em ambientes construídos, a maioria das nossas memórias e momentos marcantes estão ligadas a um ambiente físico. Dessa forma, é fundamental considerar o impacto que cada ambiente pode causar nas emoções e gerar memórias positivas na vida das pessoas, para ser possível oferecer a melhor qualidade de vida.
Como surgiu a neuroarquitetura?
Esse termo surgiu em 2003, depois da criação da Academy of Nuroscience for Archutecture, ou ANFA em San Diego, na Califórnia. Seu objetivo desde o princípio é promover e avançar o conhecimento que vincula a pesquisa em neurociência a uma compreensão das respostas humanas aos ambientes construídos. Foi a partir desse momento que o tema começou a ser difundido nas escolas de arquitetura ao redor do mundo.
Como a neuroarquitetura é aplicada a um projeto?
Cada pessoa recebe e decodifica os estímulos gerados pelo ambiente onde se encontra de forma única e, por conta disso, os projetos que seguem os princípios da neuroarquitetura consideram qual o objetivo do espaço em si e qual sensação se deseja criar para quem frequentar o local. Por isso, não existem regras aqui, somente determinados aspectos a serem considerados.
Aqui vamos listar os fatores do entorno físico percebidos pelos sentidos que impactam a fisiologia:
- Iluminação;
- Cor;
- Ruídos;
- Cheiro;
- Texturas;
- Tipo de aquecimento;
- Ergonomia e disposição da mobília;
- Níveis de privacidade (espaço mínimo pessoal);
- Proximidades e amplitudes das janelas (que vão permitir a entrada da luz do sol).
O primeiro passo para fazer esse tipo de projeto é ter um estudo detalhado sobre o futuro morador. Os arquitetos especialistas na área costumam trabalhar em conjunto com profissionais da saúde, como neurocientistas e psicólogos. A partir dos dados coletados, é possível entender as necessidades diárias do morador, o impacto que as cores e as formas têm nele, além de outros elementos que estimulam os cinco sentidos. Vamos a alguns exemplos:
- Uma pessoa que tem problemas de insônia, um projeto acústico ajuda a eliminar ruídos que podem atrapalhar o sono;
- No caso de crianças, a preparação de ambientes que atendam suas necessidades pode ajudar a fortalecer a autoestima dos pequenos.
Os móveis dimensionados à altura de uma criança permitem que a mesma deixe seus itens de interesse acessíveis aos olhos e às mãos, ajudando a trabalhar a autoconfiança, a independência e o desenvolvimento motor.
A relação da neuroarquitetura e dos cinco sentidos
É comum que um cheiro ou uma música lembre a casa de alguém e este é um fato explicado pela ciência. Ele acontece porque o ambiente é associado à memória afetiva e os cinco sentidos, sendo eles olfato, visão, audição, paladar e tato, são responsáveis por fixar no nosso cérebro as sensações que temos em cada um. Por conta disso, é comum relacionar alguma decoração ou cheiro a determinado lugar que você já esteve.
O aroma de uma comida pode trazer lembranças de um momento específico e especial, além de detalhes do local onde se teve a experiência, como a cozinha da mãe ou da avó. Nosso cérebro nos ajuda a reconhecer o quanto a casa que passamos nossa infância diz sobre nossos propósitos e como cada casa expressa etapas diferentes da nossa vida. Isso porque a casa em que moramos revela bem o quanto o externo reflete o interno.
Dicas para aplicar a neuroarquitetura na decoração de casa
Iluminação
Luzes amarelas ajudam a tornar o ambiente mais intimista, além de criar uma atmosfera de relaxamento em casa. Nesse contexto, as luminárias de cores quentes são as melhores opções para quartos e áreas de descanso. Já a luz branca é mais indicada para locais que exigem mais foco e concentração, como o escritório. De dia, é fundamental dar preferência à luz natural, pois ela traz conforto e muitos benefícios para a saúde.
Natureza
Os elementos naturais são grandes aliados na hora de criar espaços mais relaxantes. Nas salas e nos quartos, por exemplo, plantas ajudam a criar esse efeito. Caso não seja possível ter vegetação em casa, uma boa dica é investir em objetos e imagens da natureza. Estudos confirmam que a visualização de natureza ou madeira dá a sensação de bem-estar e relaxamento para as pessoas, mesmo que de forma inconsciente.
Organização
A organização dos ambientes de casa é um dos principais pilares da neuroarquitetura. Isso porque conviver em um local limpo e bem organizado pode ajudar a tranquilizar e organizar os pensamentos dos moradores da residência.
Cores
As cores estimulam nosso cérebro de maneiras diferentes, por isso, são uma parte fundamental da decoração. Tons terrosos e quentes fazem parte de uma concepção que busca aproximação com a natureza, estando entre as últimas tendências de decoração de interiores.
Conforto acústico
Outros fatores que também são considerados estímulos que impactam nosso humor são os barulhos e ruídos. Por isso, o conforto acústico na nossa casa não pode ser ignorado
Cheiro de casa
Conforme comentamos mais acima, o cheiro marca muito um lugar. Além de deixar o lar sempre perfumado, a experiência de estar em um ambiente se torna mais sensorial. Com isso, difusores de óleos essenciais, velas perfumadas e aromatizadores são algumas opções excelentes aqui.
A Nova Época Imóveis espera que você tenha compreendido a importância da neuroarquitetura na decoração e no projeto de imóveis para a qualidade de vida dos moradores. Para mais dicas e informações importantes sobre decoração, mercado imobiliário e suas transações, não deixe de nos acompanhar aqui no blog e nas redes sociais!
Escrito por Mariana Carvalho