Senior living: entenda como o mercado imobiliário vem se adaptando para atender ao público idoso
O crescimento da expectativa de vida e, em consequência, da população idosa no Brasil estão mudando o perfil de consumo. Por conta disso, um leque cada vez mais amplo de negócios tem sido estimulado por esse público. Segundo a OMS (Organização Nacional de Saúde), até 2025 o Brasil será o sexto país com maior número de idosos no mundo, assim como as projeções, de acordo com o IBGE, mostram que até 2060 o percentual de pessoas com mais de 65 anos será de 25,5%.
Essas estimativas estão exercendo influência sobre o mercado, inclusive o imobiliário e gerando cada vez mais demandas específicas para pessoas da melhor idade, como o senior living, por exemplo, que são empreendimentos imobiliários destinados para essa faixa etária. Por conta disso, o mercado imobiliário vem adaptando conceitos e visões em projetos arquitetônicos para proporcionar experiências melhores, além de mais qualidade de vida para o público sênior.
Os idosos, assim como as crianças, apresentam diferentes e específicas necessidades. Para se adaptar, ou até mesmo se reinventar, o mercado imobiliário também procura oferecer diferenciais a essa população na construção de moradias. Para te ajudar a entender quais são esses diferenciais e falar mais um pouco sobre esses empreendimentos, a Nova Época Imóveis elaborou esse texto para te explicar tudo o que você precisa saber, afinal, todos merecemos nos sentir confortáveis e seguros no nosso lar. Para mais informações, entre em contato com um dos nossos associados!
Percepção do público sênior
Antes de falarmos sobre os empreendimentos feitos especialmente para o público sênior, precisamos compreender esse público. Na definição oficial, os novos idosos são aqueles indivíduos com mais de 60 anos. Para atender às suas demandas, é imprescindível romper estereótipos e conceitos ultrapassados, a fim de compreender, assim, suas necessidades e os desejos desse público.
Mesmo se tratando de um grupo bem diversificado, com diferentes idades, origens e histórias de vida, esse nicho possui duas importantes demandas em comum: o desejo por independência financeira e o desejo por autonomia física e cognitiva. Por esse motivo, a arquitetura voltada ao público sênior deve se atentar a essas demandas e à criação de espaços que proporcionem estímulos e acolhimento aos novos idosos.
Além das variáveis acima, também é preciso considerar que uma parte desse público é dependente. Por isso, é necessário avaliar o grau de dependência dos idosos: se ele é totalmente dependente de um cuidador ou familiar para realizar atividades diárias; se ele consegue realizar algumas atividades, mas precisa de ajuda para outras, o que o torna semi-dependente; ou se ele é totalmente independente, sendo capaz de administrar sua própria casa e cuidar de si mesmo sem precisar de ajuda.
Estrutura dos imóveis
Mobilidade e funcionalidade estão entre os principais aspectos a serem levados em consideração nos imóveis voltados para o público sênior. Esses elementos são incorporados no imóvel através de recursos como corredores mais largos, portas com vãos maiores para ampliar o espaço de circulação e facilitar a passagem de cadeirantes, pisos planos, barras de apoio, revestimentos antiderrapantes e tomadas em alturas mais acessíveis para evitar acidentes.
Quanto à composição do imóvel, as decorações minimalistas e clean podem ser alternativas mais viáveis, uma vez que incorporam apenas o essencial, dispensando excessos que tendem a obstruir e atrapalhar passagens, além de dificultar a circulação pelos ambientes.
Áreas comuns dos imóveis
Nos imóveis estruturados para o público sênior, as áreas de lazer demandam dois focos principais: o incentivo à mobilidade e, assim, a uma vida ativa e a integração social dos moradores. Espaço multiuso com estrutura para práticas como yoga, massoterapia, e atividades culturais, com música, pintura ou cinema são fundamentais para estimular os moradores a manter corpo e mente saudáveis.
Seguindo essa linha, áreas de lazer que incentivam o convívio e as interações sociais também são implantadas, pois é fundamental para ajudar a proporcionar uma rotina equilibrada e saudável para os mais velhos. Cultivar laços afetivos e bons momentos de convívio ajudam a elevar o bom humor e os níveis de endorfina, hormônio do bem-estar no dia a dia.
Segurança e infraestrutura
No mercado imobiliário atual, os principais critérios para viver com qualidade de vida é residir com harmonia e proteção. Nesses imóveis, a segurança reflete nos mínimos detalhes, como em rampas de acesso, disposição aperfeiçoada dos móveis e iluminação funcional de segurança para evitar acidentes e elevar a visibilidade dos espaços, além de limpeza e manutenção em dia nas áreas comuns.
Além desses recursos, também é importante que os imóveis, com projeção exclusiva para o público da melhor idade, proporcionem soluções ágeis e de prevenção para a saúde dos moradores, inserindo farmácias no hall de entrada do prédio ou tendo proximidade a serviços de saúde, contar com equipes de funcionários preparados e habilitados para amparar, interagir e auxiliar os moradores durante suas rotinas, com toda atenção e sensibilidade necessárias, e realizar monitoramento através de câmeras de segurança.
A região onde esses imóveis estão ou serão inseridos desempenha forte influência no dia a dia desse público. O ideal para esse público é que serviços básicos e essenciais estejam próximos e à disposição dos moradores, a fim de proporcionar acessibilidade e facilidade de locomoção na rotina.
Tecnologia residencial para o público sênior
Criar ambientes residenciais para idosos requer descartar estereótipos ultrapassados, como a ideia de que esse público não possui habilidades nem consome tecnologia. Na verdade, se trata do contrário quando falamos dos novos idosos. Atualmente, de acordo com alguns estudos, indivíduos acima de 60 anos estão ingressando cada vez mais no mundo digital.
Por conta disso, nos imóveis voltados para o público mais velho, é essencial considerar a implantação de recursos tecnológicos capazes de tornar as tarefas do dia a dia mais simples e otimizar as experiências nos ambientes residenciais. Sensores de movimento para acionar e desligar as luzes, sensores de fumaça na cozinha, sistemas de automação residencial para comando de voz, são alguns exemplos dos recursos que devem ser implementados nesses imóveis.
Independente das tecnologias e dos demais recursos usados nesse tipo de empreendimento, o fator essencial, nesse caso, é compreender as necessidades e vontades desse público primeiro, assim, é possível tornar sua residência ainda mais confortável para sua faixa etária.
Gostou da nossa explicação? Ficou com dúvidas ou quer saber mais sobre esse tipo de empreendimento? Entre em contato com um dos nossos associados, estamos aqui para te ajudar!
Escrito por Mariana Carvalho